Analise Volante Thrustmaster Ferrari Experience GT 3 in 1

 

clip_image002 Deixo bem claro desde o principio que não sou nenhum "expert" na questão de simuladores de corridas, sou um grande entusiasta de jogos e meu foco sempre foram os jogos de tiro, desde o lançamento do longínquo DOOM. Porém nos últimos anos os lançamentos de simuladores tem crescido e os acessórios para estes por consequência também. E marcas como Frex, Logitech, Fanatec e Thustmaster tem se destacado com sua linha de produtos, seja pelo acabamento, ergonomia, preço ou eficiência. Lembrando que dentre as marcas citadas, apenas Logitech e Thrustmaster possuem linha de produtos variadas e que atingem desde o mais simples admirador, até o hardcore que leva a sério os grids virtuais.

O Thrustmaster Ferrari Gt. 3 foi meu primeiro volante e foi adquirido com muito esmero e comparativos fóruns adentro da internet, na época era o melhor custo/benefício (e ainda acho que continua sendo) para um simples admirador que não costumava jogar muito jogos de corrida. Apesar de primeira aquisição, este não foi a minha primeira experiência com um equipamento de simulação, já havia testado volantes de marcas genéricas ou duvidosas encontradas na esquina mais próxima e também tive acesso ao Momo da Logitech, esse o qual me fez olhar com mais atenção para estes equipamentos, por possuir o famoso "Force Feedback", porém não podia desembolsar a quantia de R$450,00 que na época ele custava então comecei a procurar com mais cuidado por marcas conceituadas mundo afora e nesta que me deparo com um ótimo custo/beneficio deste volante da Thrustmaster que é uma marca muito comentada e respeitada pelos entusiastas.

O Volante possui um acabamento simples, porém muito cuidadoso em seus detalhes, que vai do emborrachado no suporte para as mãos até a generosa presilha que o prende a mesa, este item é muito importante pois pode significar uma jogatina divertida e gostosa ou uma sequência de aborrecimentos e mesmo marcas gigantes como a Fanatec acabam deslizando (as vezes propositalmente, já que vendem suportes separados) nesta parte. Possui 11 botões configuráveis mais o D-pad. Peca pela falta de Force Feedback e maior graus de esterço (são apenas 180º), porém isso acarretaria em maior preço. Possui um sistema de cordas de retorno, onde faz com que o volante retorno a sua posição original e tem o Vibration Feedback pra você não ficar no seco, além de shift gear (as famosas "brabuletas" atrás do volante) barulhentinhas, mas gostosas e ergonômicas de usar. Para estes itens numa escala de 1 a 10, dou 8.

Mas nenhum simulador pode ser jogado apenas com um volante, sendo assim é essencial que um bom pedal venha acompanhado e apesar de estarem em níveis diferentes de comparação, o pedal do GT3 exprerience dá um show na Momo da Logitech, mas as comparações entre os dois volantes param por ai, são níveis diferentes e compará-los seria injusto, o Momo é muito superior. O fato é que este pedal oferece uma boa precisão do controle de aceleração e frenagem, e é muito apreciada por quem é acostumado a fazer o punta taco durante as curvas, possuem uma grande folga de acionamento em que permite você calibrar bem a zona morta. O ponto negativo acaba ficando para o peso e dimensões do pedal, pois quem não possui um suporte, base ou não tem como fazê-los (como no meu caso, projetei uma base em MDF com inclinação) pode sofrer com a base escorregando pelo piso ou mesmo com uma frenagem mais empolgada onde faria com que o pedal pendesse para traz. Nota 8

Vamos dar uma volta com o volante. Para isso eu testei exaustivamente ele com o GRID, Need for Speed Shift, GTR2 e posteriormente no arcadão Burnout Paradise.

clip_image004 GRID: Como não é bem um simulador, porém também não é um puro arcade o volante cumpre perfeitamente o seu papel com este jogo, já que ele não possui muitas configurações de acerto e o controle dos carros é mais seguro, joguei muito este jogo sem maiores dores de cabeça, foi como uma luva. Deu gosto de participar das provas de drift que eu tanto odiava antes desse jogo. Proporciona bons controles dos carros independente das provas e transmite confiança a quem esta na direção.

clip_image006 Shift: Esta aqui o maior motivo de eu ter decidido comprar um volante! Este jogo possui muitas configurações para volante, pedais e para os carros também, o que influencia diretamente na dirigibilidade, apesar de isso não o tornar um simulador puro, já que possui muitos elementos de arcade. Era praticamente impossível jogar com um teclado já que a EA decidiu passar sabão nos pneus dos carros desse jogo. A melhora do volante em relação ao teclado foi de 100%, mas quem pensa que 100% é tudo engana-se, fui cometer o crime de jogar (novamente, só que depois da aquisição) Shift na casa de um amigo que tinha o Logitech Momo. Ai meus pesadelos começaram, pois vi que havia um abismo na qualidade da direção e acerto dos controles, eis que começa então minha peregrinação em busca do acerto perfeito. Não era possível meu amigo fazer tempos tão díspares dos meus, não poderia o Force Feedback fazer tanta diferença. Mas faz! passei horas a fio em busca do acerto perfeito, não atingindo a perfeição mas quase a alcancei e consegui melhorar significativamente meus recordes. Ainda não alcancei meu amigo mas melhorei muito. O Force Feedback permite um controle nas pistas que não está ao alcance de um mero volante com vibração isso tenho que admitir. Ainda assim me acostumei aos controles e consegui ir muito longe no jogo antes de realizar minha próxima aquisição.clip_image008

GTR2: Aqui reside o maior simulador que já joguei, já de inicio no menu fiquei perdido com tamanha quantidade de controle a ser definido para a direção. E não pense que por ser um puro simulador, trata-se de um jogo difícil. O jogo é muito intuitivo e permite o mais simplório jogador configurar a direção facilmente a seu gosto, este jogo possui até auto escola para pilotagem, ao meu ver a parte mais divertida do jogo. Já nas pistas o controle dos carros é muito mais segura que no Shift por exemplo, o que mostra que o pessoal da EA estava chapado ao criar a jogabilidade ou acham que o carro rodar na curva a 40km/h é a coisa mais normal do mundo. Li em um fórum onde um dos usuários se dizia piloto e que a única diferença entre a direção deste jogo e a direção real era a força G. Enfim o volante se mostrou mais uma vez eficiente neste jogo, já que permite configurá-lo a seu bel prazer, porém, dependendo da pista e do carro usado, os 180º de giro demonstram-se pouco. Os pedais tornam-se um destaque a parte pela facilidade de se realizar o punta taco que aqui faz a diferença.

Burnout: Aqui o volante acaba se tornando mais uma perfumaria que qualquer outra coisa, já que não há sequer algum controle de configuração para volante algum, sem vibração e sem feedback algum, vale mais pelo controle de velocidade que os pedais permitem do que a direção em si. Pobre e sem graça, nem tenho muito o que dizer sobre a experiência neste jogo, mas eu tinha que testar o volante em um jogo puramente arcade.

Aos finalmente, o que posso dizer é que este volante cumpre bem o seu papel quando o assunto é diversão e brincadeira, mas quando o assunto fica mais sério, ele começa a demonstrar suas limitações. Se você não tem nenhum amigo com volante de Force Feedback pra lhe deixar dar uma volta e passar raiva, gosta apenas de passear pelos grids de vez em quando sem o extremo compromisso de vencer e participar de campeonatos, este volante deveria constar entre suas opções antes de uma aquisição. Nem cheguei a compará-lo com volantes Leadership e semelhantes pois é perda de tempo, essas empresas visam apenas o lucro e parecem não se importar com a necessidade do jogador, já vi até volante sem presilha de mesa nenhum, ai o cara vai jogar com o volante onde? no colo? vai colar com Super bonde? Se é pra passar raiva siga em frente com essas bombas, pois estou falando aqui de produtos de qualidade feito de jogadores para jogadores, empresas que respeitam e ouvem a opinião de seus clientes. E foi através disso que a Thrustmaster lançou recentemente o mesmo volante com Force Feedback, porém quando o acha, seu preço não justifica a aquisição, já que a concorrente Logitech possui controles com qualidade superiores como o Momo e o Drive GT e até mesmo a própria Thrustmaster com seu lindo Ferrari 430 (réplica), mas ai já são outra categoria. Felizmente este ano o papito Noel foi generoso comigo e eu pude pular essa categoria para uma mais profissional..... fui para um G27! Mas esta é outra história..........

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Comentários

  1. Ricardo Vigatti (ricardo.vigatti@hotmail.com)12 de janeiro de 2012 às 14:50

    Parceiro,

    Estava pensando comprar um Logitech Driving Force GT, que custa R$ 700,00 ou então logo um G27 a R$ 1.500,00. Até um dia que fui em uma loja e o vendedor me disse que entre comprar um Driving Force GT a R$ 700,00, valeria a pena comprar este modelo Ferrari Exp. GT a R$ 250,00

    percebi que você cita vários aspectos NEGATIVOS em relação ao volante (Ferrari Ex. GT). Estou pensando, entre ele e o Driving Force GT, qual vale mais a pena de comprar. Estou disposto a gastar os R$700,00, mas economizar sempre é bom né... ou então, valeria mais a pena esperar mais um pouco e comprar logo o G27 ??????????

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